“L’unica vera felicità si trova la dove non appare; ogni foglia che cade a terra racchiude la sua piccola gioia.” (Pollyanna cresce)
“L’unica vera felicità si trova la dove non appare; ogni foglia che cade a terra racchiude la sua piccola gioia.” (Pollyanna cresce)
Ano passado, tive o prazer de ler o livro “Pollyanna”, de Eleanor Porter. Trata-se de um romance clássico da literatura infanto-juvenil que fez muito sucesso nos Estados Unidos quando foi publicado, em 1913. A história gira em torno de uma cativante menina de 11 anos, que contagia a todos com a sua maneira super-entusiasmada de lidar com os problemas da vida. Seu segredo estava num “jogo” que ela havia aprendido com o pai, o “Jogo do Contente”. O objetivo do jogo é muito simples: procurar motivos para se alegrar em toda e qualquer situação da vida. Soa familiar? Se você é cristão, provavelmente já se deparou com este verso escrito pelo apóstolo Paulo: “Regozijai-vos sempre.” (1Ts 5:16).
De fato, a inspiração para o “Jogo do Contente” veio diretamente das Escrituras. O pai da menina notou que a Bíblia continha um sem-número de versículos relacionados a “alegria”, “regozijo”, “contentamento” e correlatos. Numa busca rápida, verifiquei 238 ocorrências só para formas do verbo “regozijar” (rejoice, em inglês) e 340 para “alegria”/”alegre” (joy e glad, em inglês). Sem dúvida, podemos ver que a alegria faz parte de Deus e, certamente, é algo que Ele tem para seus filhos!
Infelizmente, muitos ainda veem como irreconciliáveis o caráter cristão com uma vida de alegria e regozijo. Em muitos círculos, ainda persiste o estereotipo de que “quanto mais triste e carrancuda uma pessoa, mais ‘santa’ e espiritual ela é.” Nada poderia estar mais longe da verdade!
Além do próprio senso de satisfação, a alegria tem uma capacidade enorme de alavancar o potencial que temos em todas as áreas: na vida espiritual, pois o fruto do Espírito é “amor, alegria, paz…” (Gl 5:22a); na família, pois quem está feliz cuida melhor dos seus; na saúde, pois “o coração alegre é bom remédio” (Pv 17:22); no trabalho, pois se tem mais disposição e criatividade para fazer “com todas as forças aquilo que vier à mão para realizar” (Ec 9:10). “Comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.” (Sl 128:2).
É útil fazermos uma distinção entre os conceitos de “alegria” e “felicidade”. A primeira está relacionada a um senso mais profundo e estável de paz e satisfação que independe das circunstâncias da vida, ao passo que a última está mais associada a sentimentos fugazes de prazer.
Acredito que não seja nada sadio viver para perseguir algo tão efêmero e volátil como a felicidade. Porém, creio que viver níveis maiores e mais constantes de alegria não só é sadio, mas também desejável. Mais ainda, é possível experimentar alegria num momento infeliz. Para isso, precisamos estar conectados com Deus e cultivar em nossos corações duas virtudes: gratidão e confiança.
A gratidão fala do que Deus já fez em nossas vidas. A confiança aponta para o que Ele prometeu fazer. Uma fala do passado, a outra, do futuro. Uma fala de Sua bondade, a outra, de Sua fidelidade. Uma fala de realização, a outra, de esperança. Uma fala de reconhecimento, a outra, de expectação. Uma fala de louvor, a outra, de adoração. Uma fala de recordação, a outra, de concepção. Uma fala das maravilhas feitas no Egito, a outra, da terra que mana leite e mel. Uma fala de testemunho, a outra, de fé.
Que possamos cultivar essas virtudes no novo ano para que sejamos pessoas que transbordem de alegria, tanto nos dias bons quanto nos dias maus. Como a menina Pollyanna costumava dizer: “Nos momentos mais complicados da vida, é que o Jogo do Contente se torna mais difícil e interessante”. O apóstolo Paulo, por certo, foi um ótimo “jogador”. Mesmo preso, ele foi enfático em suas palavras: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.” (Fp 4:4 – ênfase minha).
É nas situações mais árduas da vida que devemos olhar para o alto e nos alegrarmos na esperança, sermos pacientes na tribulação e, na oração, perseverantes (Rm 12:12)! “Portanto, não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força!” (Ne 8:10)
Um 2017 de muita alegria para todos nós! 🙂
“Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.” (Sl 90:14)
“De HEERE is mijn Herder, mij zal niets ontbreken”. Entendeu alguma coisa? Nem eu! (quer dizer, mais ou menos… não entendo a língua, mas, com a ajuda da Internet e do Google Translator, posso dizer que se trata do conhecido Salmo 23:1, só que em holandês!).
Holandês, inglês, chinês, alemão, árabe… Tantas línguas, e tão diferentes! Ao mesmo tempo, é impossível não notar a semelhança que muitos idiomas possuem (compare o português com o espanhol ou o italiano, por exemplo). Para nos ajudar a entender um pouco dessa miscelânea linguística, neste post veremos as principais famílias de idiomas do mundo. Antes disso, porém, vejamos como essa “bagunça” começou.
No princípio dos tempos, a terra era de uma mesma língua e de uma mesma fala (Gn 11:1). Porém, os homens tiveram a ideia de construir uma torre alta para enaltecimento próprio (e, segundo alguns teólogos, também para dedicação aos deuses da Mesopotâmia). A partilha de uma visão única, comunicada por uma língua comum, era tudo o que eles precisavam para levar a cabo o projeto. Foi nesse momento que Deus interveio, confundindo a sua língua e espalhando-os sobre a face de toda a terra (Gn 11:7, 8). O empreendimento ousado ficou conhecida como “Torre de Babel” (“confusão”, no hebraico): “Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.” (Gn 11:9).
Como consequência desse episódio, acrescido de alguns milênios de história, temos hoje mais de 6500 línguas no mundo! São diferentes alfabetos, estruturas gramaticais, pronúncia, dialetos, léxicos… Enfim, é mesmo uma verdadeira “salada linguística”! O mais interessante é que muitas das línguas existentes hoje possuem relações umas com as outras, pois se originaram de línguas ancestrais comuns. Essas relações nos permitem agrupar os idiomas em “famílias”, facilitando seu estudo, conforme ilustra o esquema abaixo.
O esquema exibido é bastante simplificado (do ponto de vista linguístico), visando fornecer apenas uma visão macro de alguns dos grandes grupos de línguas, a saber:
Línguas agrupadas numa mesma família (ou subgrupo) normalmente (mas não obrigatoriamente) possuem algum nível do que se chama de inteligibilidade mútua. Essa característica está relacionada ao grau de facilidade que um falante de uma língua pertencente a um grupo tem para entender outra língua do mesmo grupo sem grandes esforços ou estudos. Por exemplo, uma pessoa pode entender muita coisa de um texto em espanhol se souber português (ambas as línguas estão no mesmo grupo de línguas românicas). Já o inglês moderno e o holandês, apesar de estarem no mesmo subgrupo de línguas germânicas, tem um nível de inteligibilidade quase inexistente.
Obviamente, as línguas não vivem isoladamente umas das outras (ainda mais na era pós-moderna). Com o passar do tempo, é comum um idioma receber aportes de palavras de outro idioma (empréstimo linguístico). Um caso interessante é o do próprio inglês, que, apesar de ser classificado como uma língua germânica, possui em seu léxico cerca de 60% de palavras de origem latina (provenientes do latim e do francês).
Bom, depois de toda essa diversidade, só nós resta terminar este post com a gloriosa cena futura descrita em Apocalipse 7:9, 10:
Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;
e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.